Opinião
- 24 de novembro de 2017
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Como e por que fazer o culto doméstico
Por Márcia Barbutti
Culto doméstico, culto familiar, culto em família, devocional do lar... Seja o nome que for, a pergunta que não quer calar é: ele já morreu, está na UTI ou passa bem, obrigado?
Pensando bem, talvez devêssemos começar com outra pergunta: o culto doméstico é uma norma ou uma atividade opcional para a família cristã? Quando respondermos honestamente, saberemos o estado do paciente.
A Palavra de Deus diz claramente que cabe aos pais instruir seus filhos sobre o Senhor e seus feitos. Um dos textos mais conhecidos que trata desse assunto é Deuteronômio 6.4-9 e 11.18-19 (vale a pena reler antes de continuar). Em nenhum momento você vai encontrar que essa tarefa é opcional. Na verdade, é mais que uma tarefa, é um dever, logo, o opcional está fora da jogada. Também é verdade que não encontramos nesses mesmos textos a expressão “culto doméstico”, ou algo do tipo. Será? Se olharmos com atenção, o autor de Deuteronômio mostra como e onde os pais devem instruir seus filhos. Como? Com insistência e intencionalidade, afinal inculcar algo na mente de outra pessoa não se consegue com rapidez ou facilidade.
David Merkh, autor do livro “101 Ideias Criativas para o Culto Doméstico”, destaca que essa instrução ocorre a qualquer hora, aproveitando situações cotidianas e acontecimentos esporádicos. Esse ensino também deve ocorrer nas horas mais favoráveis, ou seja, em um momento combinado, em um lugar e horário determinado. Não seria esse momento de ensino o que chamamos de culto doméstico?
Quando entendemos que esse é o nosso dever, que vai além da nossa comodidade e ultrapassa as nossas desculpas (por vezes esfarrapadas), o culto doméstico se torna, não somente um dever a ser cumprido, mas uma grande ferramenta no discipulado dos nossos filhos.
Então, vamos lá, o que podemos fazer?
1. Planeje esse tempo em família. Veja o melhor horário e faça ajustes, se necessário, até terem o horário e local mais adequados. Comece com dois ou três dias por semana e amplie até, quatro ou cinco vezes. Não fique dando desculpas para não fazer, se falhar alguns dias, retorne e vá em frente. Persevere!
2. Lembre-se: é um culto a Deus. Não é bate-papo e nem é momento para lições de moral aos filhos. Seja focado.
3. Siga um roteiro básico e seja criativo. Não se esqueça que o Deus que amamos e servimos é criativo e não sonega sua criatividade àqueles que pedem e buscam. Procure bons livros e sites. Veja algumas dicas ao final do texto.
4. Seja simples, mas não superficial. Fale de uma forma que todos entendam e leve-os a refletir sobre o que estão ouvindo, orando e cantando. Mostre como as verdades aprendidas podem ser aplicadas no dia a dia.
5. Promova a participação. Crie um ambiente onde vocês possam expor e sanar dúvidas, compartilhar suas necessidades e conflitos e desenvolver habilidades – cantar, contar história, orar e ler em voz alta.
6. Seja breve. Fique atento aos filhos menores, pois sua atenção é limitada. David Merkh aconselha que seja de 5 a 10 minutos quando são pequenos e esse tempo aumentará à medida que crescerem. Joel Beek, autor do livro “Adoração no Lar”, recomenda até 25 minutos, considerando filhos mais velhos.
Vá além do momento do culto doméstico. Crie um ambiente em sua casa no qual estejam cercados da Palavra de Deus e de lembretes das suas bênçãos. Conheci uma família no interior de São Paulo que pirografou versículos em vários pontos de sua casa, sempre relacionando o local ao texto bíblico. Por exemplo, perto do interruptor estava o texto de João 8.12 “Eu sou a Luz do mundo”. Quando minha primeira filha saiu do berço, copiei essa ideia e escrevi em sua caminha: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro” (Sl 4.8). No livro “Mobiliando a Casa”, o autor fala sobre uma prateleira de memórias onde podemos colocar objetos que relembram bênçãos e livramentos do Senhor. É exatamente isso que vemos quando o Senhor aguça a curiosidade das crianças, provocando um diálogo que remete aos seus feitos "No futuro, quando os seus filhos lhes perguntarem: ‘Que significa isto?...” (Êx 10.2; 12.26; 13.14; Dt 6.20; Js 4.6-7).
Então, mãos à obra. Planeje esse tempo em família, e não dê desculpas de que não tem tempo, ou que sua família não tem horários fixos, ou que os interesses de cada filhos variam por causa das diferentes idades. Se você entender que é seu dever, e mais do que isso, é prioritário passar o legado da fé aos filhos, você verá que ajustes podem ser feitos, e isso só vai redundar em benção para sua família.
Juízes 2.10 nos dá um alerta: “Depois que toda aquela geração foi reunida a seus antepassados, surgiu uma nova geração que não conhecia o Senhor e o que ele havia feito por Israel”. Os pais daquela geração falharam e as consequências danosas nós vimos em todo o livro de Juízes e também nas gerações seguintes. Que o mesmo não ocorra com os nossos filhos, ao contrário, que eles conheçam ao Senhor e o amem de todo coração. Que eles vejam em nós o amor, a alegria e o deleite de estar na presença do Senhor vivendo para ele e por ele.
Sugestão de roteiro
1. Oração. Leia um ou dois versículos que tratam da presença de Deus e da certeza que ele nos ouve. Tenham um momento de oração. A cada dia dê oportunidade para diferentes membros da família orem nesse começo.
O livro “Pelo que devemos orar”, da CPAD, é excelente para usar com os pequenos.
2. Louvor e adoração. Se alguém da família tocar um instrumento pode conduzir alguns cânticos, ou pode ser com músicas no CD, pendrive ou no Youtube.
3. Edificação. Esse é o momento de ensinar e compartilhar a Palavra. No caso de crianças pequenas, use livros com histórias bíblicas com ilustrações. A Sociedade Bíblica do Brasil tem excelentes bíblias ilustradas e também bíblias de estudo para crianças maiores e adolescentes. Use também devocionários. Aqui no site da Ultimato você encontra devocionários excelentes e variados.
Veja aqui dicas de como contar histórias para as crianças.
4. Aplicação. Como vocês podem colocar em prática o que acabaram de estudar?
5. Fixação. Façam algo que ajudará vocês a relembrarem e fixarem a verdade estudada. Exemplo: após o estudo sobre o bom uso da língua, cada membro da família fez um acróstico com o nome da pessoa à direita escrevendo suas qualidades. Se tiver uma criança ainda não alfabetizada, ela deverá fazer elogios à pessoa ao lado e outra pessoa escreverá. Todos lerão ao final.
Algumas atividades que são usadas com quebra gelo também servem bem nesse momento de fixação. E esse canal do Youtube é cheio de sugestões.
DICAS
Livros
101 ideias criativas para culto doméstico
101 ideias criativas para família
Mobiliando a casa (Construindo um lar cristão)
Adoração no lar
A fé começa em casa
Grande Livro de Perguntas e Respostas
App para crianças
Bíblia 3D
Bíblia para crianças
App para adolescentes jovens e adultos
Youversion (várias versões, planos de leitura, devocionais...)
Ministério Fiel
Devocional Piper
Devocional Spurgeon
Em inglês: O app New City Cathecism foi desenvolvido para adultos e também crianças (inclui músicas).
Leia mais
A Criança, a Igreja e a Missão
Uma Criança os Guiará
Acontece nas Melhores Famílias
Culto doméstico, culto familiar, culto em família, devocional do lar... Seja o nome que for, a pergunta que não quer calar é: ele já morreu, está na UTI ou passa bem, obrigado?
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A Palavra de Deus diz claramente que cabe aos pais instruir seus filhos sobre o Senhor e seus feitos. Um dos textos mais conhecidos que trata desse assunto é Deuteronômio 6.4-9 e 11.18-19 (vale a pena reler antes de continuar). Em nenhum momento você vai encontrar que essa tarefa é opcional. Na verdade, é mais que uma tarefa, é um dever, logo, o opcional está fora da jogada. Também é verdade que não encontramos nesses mesmos textos a expressão “culto doméstico”, ou algo do tipo. Será? Se olharmos com atenção, o autor de Deuteronômio mostra como e onde os pais devem instruir seus filhos. Como? Com insistência e intencionalidade, afinal inculcar algo na mente de outra pessoa não se consegue com rapidez ou facilidade.
David Merkh, autor do livro “101 Ideias Criativas para o Culto Doméstico”, destaca que essa instrução ocorre a qualquer hora, aproveitando situações cotidianas e acontecimentos esporádicos. Esse ensino também deve ocorrer nas horas mais favoráveis, ou seja, em um momento combinado, em um lugar e horário determinado. Não seria esse momento de ensino o que chamamos de culto doméstico?
Quando entendemos que esse é o nosso dever, que vai além da nossa comodidade e ultrapassa as nossas desculpas (por vezes esfarrapadas), o culto doméstico se torna, não somente um dever a ser cumprido, mas uma grande ferramenta no discipulado dos nossos filhos.
Então, vamos lá, o que podemos fazer?
1. Planeje esse tempo em família. Veja o melhor horário e faça ajustes, se necessário, até terem o horário e local mais adequados. Comece com dois ou três dias por semana e amplie até, quatro ou cinco vezes. Não fique dando desculpas para não fazer, se falhar alguns dias, retorne e vá em frente. Persevere!
2. Lembre-se: é um culto a Deus. Não é bate-papo e nem é momento para lições de moral aos filhos. Seja focado.
3. Siga um roteiro básico e seja criativo. Não se esqueça que o Deus que amamos e servimos é criativo e não sonega sua criatividade àqueles que pedem e buscam. Procure bons livros e sites. Veja algumas dicas ao final do texto.
4. Seja simples, mas não superficial. Fale de uma forma que todos entendam e leve-os a refletir sobre o que estão ouvindo, orando e cantando. Mostre como as verdades aprendidas podem ser aplicadas no dia a dia.
5. Promova a participação. Crie um ambiente onde vocês possam expor e sanar dúvidas, compartilhar suas necessidades e conflitos e desenvolver habilidades – cantar, contar história, orar e ler em voz alta.
6. Seja breve. Fique atento aos filhos menores, pois sua atenção é limitada. David Merkh aconselha que seja de 5 a 10 minutos quando são pequenos e esse tempo aumentará à medida que crescerem. Joel Beek, autor do livro “Adoração no Lar”, recomenda até 25 minutos, considerando filhos mais velhos.
Vá além do momento do culto doméstico. Crie um ambiente em sua casa no qual estejam cercados da Palavra de Deus e de lembretes das suas bênçãos. Conheci uma família no interior de São Paulo que pirografou versículos em vários pontos de sua casa, sempre relacionando o local ao texto bíblico. Por exemplo, perto do interruptor estava o texto de João 8.12 “Eu sou a Luz do mundo”. Quando minha primeira filha saiu do berço, copiei essa ideia e escrevi em sua caminha: “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só tu me fazes repousar seguro” (Sl 4.8). No livro “Mobiliando a Casa”, o autor fala sobre uma prateleira de memórias onde podemos colocar objetos que relembram bênçãos e livramentos do Senhor. É exatamente isso que vemos quando o Senhor aguça a curiosidade das crianças, provocando um diálogo que remete aos seus feitos "No futuro, quando os seus filhos lhes perguntarem: ‘Que significa isto?...” (Êx 10.2; 12.26; 13.14; Dt 6.20; Js 4.6-7).
Então, mãos à obra. Planeje esse tempo em família, e não dê desculpas de que não tem tempo, ou que sua família não tem horários fixos, ou que os interesses de cada filhos variam por causa das diferentes idades. Se você entender que é seu dever, e mais do que isso, é prioritário passar o legado da fé aos filhos, você verá que ajustes podem ser feitos, e isso só vai redundar em benção para sua família.
Juízes 2.10 nos dá um alerta: “Depois que toda aquela geração foi reunida a seus antepassados, surgiu uma nova geração que não conhecia o Senhor e o que ele havia feito por Israel”. Os pais daquela geração falharam e as consequências danosas nós vimos em todo o livro de Juízes e também nas gerações seguintes. Que o mesmo não ocorra com os nossos filhos, ao contrário, que eles conheçam ao Senhor e o amem de todo coração. Que eles vejam em nós o amor, a alegria e o deleite de estar na presença do Senhor vivendo para ele e por ele.
Sugestão de roteiro
1. Oração. Leia um ou dois versículos que tratam da presença de Deus e da certeza que ele nos ouve. Tenham um momento de oração. A cada dia dê oportunidade para diferentes membros da família orem nesse começo.
O livro “Pelo que devemos orar”, da CPAD, é excelente para usar com os pequenos.
2. Louvor e adoração. Se alguém da família tocar um instrumento pode conduzir alguns cânticos, ou pode ser com músicas no CD, pendrive ou no Youtube.
3. Edificação. Esse é o momento de ensinar e compartilhar a Palavra. No caso de crianças pequenas, use livros com histórias bíblicas com ilustrações. A Sociedade Bíblica do Brasil tem excelentes bíblias ilustradas e também bíblias de estudo para crianças maiores e adolescentes. Use também devocionários. Aqui no site da Ultimato você encontra devocionários excelentes e variados.
Veja aqui dicas de como contar histórias para as crianças.
4. Aplicação. Como vocês podem colocar em prática o que acabaram de estudar?
5. Fixação. Façam algo que ajudará vocês a relembrarem e fixarem a verdade estudada. Exemplo: após o estudo sobre o bom uso da língua, cada membro da família fez um acróstico com o nome da pessoa à direita escrevendo suas qualidades. Se tiver uma criança ainda não alfabetizada, ela deverá fazer elogios à pessoa ao lado e outra pessoa escreverá. Todos lerão ao final.
Algumas atividades que são usadas com quebra gelo também servem bem nesse momento de fixação. E esse canal do Youtube é cheio de sugestões.
DICAS
Livros
101 ideias criativas para culto doméstico
101 ideias criativas para família
Mobiliando a casa (Construindo um lar cristão)
Adoração no lar
A fé começa em casa
Grande Livro de Perguntas e Respostas
App para crianças
Bíblia 3D
Bíblia para crianças
App para adolescentes jovens e adultos
Youversion (várias versões, planos de leitura, devocionais...)
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A Criança, a Igreja e a Missão
Uma Criança os Guiará
Acontece nas Melhores Famílias
É editora assistente da Editora Cultura Cristã, responsável pelos materiais infanto-juvenis.
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